25Publicado em 31/12/2021 às 10h
por Redação/via Folha de SP
A velocidade das tuneladoras da Linha 6-Laranja ao escavar o solo da Brasilândia rumo à Estação São Joaquim, no centro da capital, é surpreendente. O trabalho realizado no subterrâneo da região noroeste impressiona pela grandeza do maquinário e pelo desafio em si. Mas há outras riquezas escondidas no subsolo do metrô paulistano.
Em reportagem publicada na última quarta-feira, 29 de dezembro, no jornal Folha de SP, o geólogo Hugo Cássio Rocha, que trabalha na Companhia desde 1986, foi quem revelou alguns desses segredos. Segundo ele, a maior parte das informações sobre a geologia da cidade vem do Metrô. Para cada estação ou túnel escavado, há muitos estudos de solo envolvidos.
Hugo conta que foram achados granitos, principalmente nas redondezas da Freguesia do Ó, entre 5m e 50 m de profundidade, anteriores aos dinossauros. Segundo o geólogo, os achados têm pelo menos 500 milhões de anos. Já debaixo da Estação da Luz, por exemplo, foram encontrados troncos fósseis com idade entre 20 milhões e 30 milhões anos. E, por fim, na Barra Funda, outros foram achados a dez metros da superfície, com cerca de 30 mil anos.
E para onde vão todos esses fósseis? O Metrô tem uma espécie de museu, ao lado da Estação Brás, onde estão catalogadas mais de 30 mil amostras.
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