Publicado às 9h10
Por Cristina Braga
Organizador do projeto social “Cultura e Conceito” nas ruas do Jaraguá há nove anos, Dinas Miguel é um artista plástico que representa bem o seu bairro, tão esquecido pelo poder público no fomento à arte e cultura, mas repleto de talentos.
Habilidoso, ele foi o ganhador do prêmio Sabotage de Hip-Hop, na categoria melhor grafiteiro de 2018, concedido pela Câmara Municipal.
Além disso, Dinas também é arte-educador em diferentes escolas públicas da região. “O grafite vem de uma arte urbana que começa ilegal e hoje é lícita em muitas partes do país”, define. Tanto é verdade que São Paulo ganhou a denominação de “Meca do Grafite”, devido à sua efervescência cultural. Por aqui, a arte extrapola os muros, fazendo parte das roupas e estampas de caderno.
Em Pirituba, os trabalhos do grafiteiro podem ser conferidos na Casa da Árvore, no anexo da Biblioteca Brito Broca, na Aldeia Indígena Guarani e na Estação Vila Clarice da CPTM. Recentemente, ele realizou um painel de mil metros de comprimento em que celebra os heróis da cultura afro-brasileira, como Luís Gama, Esperança Garcia, Dandara e Zumbi dos Palmares. “Deu trabalho”, conta o artista.
Bienal do Grafite 2018
Para quem curte o assunto, a 4ª Bienal de Graffiti Fine Art acontece até o dia 29 de outubro no Memorial da América Latina com entrada gratuita. O evento conta com 40 artistas inéditos da cidade de São Paulo, 20 representantes de outros estados e cerca de dez grandes nomes internacionais. Na programação, diversas surpresas prometem entusiasmar e entreter os amantes da arte urbana.
Lounge inspirador, pátio multifuncional, mostra de vídeos educativos, mesa de diálogo, oficinas e performances estão entre as atividades previstas. O Memorial fica na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, na Barra Funda.
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