Publicado em 17/01, às 9h30
Por Priscila Perez
Cada vez mais ativo nas redes sociais, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, assumiu o papel de porta voz do governo paulista, sob a gestão de João Doria, quando o assunto é mobilidade. Após rebater rumores sobre o azedamento das negociações com a espanhola Acciona, Baldy utilizou seu Instagram (aliás, ele interage bastante com o público) para dar pistas quanto ao futuro da Linha 6-Laranja, prometendo novidades para o mês de fevereiro.
“No final de 2019, uma empresa espanhola Acciona apresentou uma proposta de assumir a construção/operação da Linha 6-Laranja. Até fevereiro de 2020 anunciaremos os próximos passos”, destacou o secretário.
Prazo
O Governo do Estado tem até o dia 9 de fevereiro de 2020 para analisar a documentação e apresentar um novo cronograma para a Linha 6-Laranja do Metrô, cujas obras estão paradas desde setembro de 2016. A empreitada inclui 15,3 quilômetros de trilhos e 15 estações. “A conclusão das estações, que totalizam 15,3 quilômetros, ligando a Brasilândia até São Joaquim, deve ocorrer em até quatro anos após sua retomada”, explica Baldy. O ramal deverá transportar cerca de 650 mil passageiros diariamente.
Imbróglio
A implantação da Linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e no ano seguinte, em setembro de 2016, por decisão unilateral, a Move São Paulo informou ao governo estadual a paralisação integral das obras civis, alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), especialmente pelo envolvimento das empreiteiras brasileiras na Operação Lava Jato. O custo anunciado em 2013 era de R$ 8,9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária. O Governo de São Paulo ainda desembolsou R$ 1,7 bilhão a mais, principalmente para desapropriações.
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