Publicado em 29/01, às 12h30
Por Priscila Perez
Uma plataforma digital vai acelerar a identificação de criminosos em todo o Estado de São Paulo. A tecnologia faz parte do novíssimo Laboratório de Identificação Biométrica (Facial e Digital), inaugurado na última terça-feira, 28 de janeiro, na sede do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt).
Segundo o governo paulista, o sistema de reconhecimento facial será usado, pela primeira vez, durante o carnaval de São Paulo para ajudar a polícia a encontrar pessoas desaparecidas e identificar criminosos ou suspeitos de crimes. “É a mais moderna plataforma digital do país. Ao analisar casos já ocorridos, permite que se tenha um histórico para evitar novos crimes ou como combater crimes dessa natureza”, disse o governador João Doria.
A plataforma digital está em operação desde 2014, mas era limitada a dados de impressões digitais. Há, pelo menos, 30 milhões de registros biométricos catalogados. De acordo com Doria, o novo serviço vai beneficiar as polícias Civil, Científica e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e o Corpo de Bombeiros. “Ele estará disponível e operante”, comemorou.
Como funciona?
Os dados biométricos coletados durante a emissão de um RG serão submetidos ao sistema para confirmação da identidade do requerente. O mesmo procedimento ocorrerá com imagens captadas em locais de crime e fragmentos de impressões digitais. Assim, por meio de algoritmo de busca, obtém-se possíveis candidatos, cujos dados serão analisados por um papiloscopista policial. “Por exemplo, um suspeito de crime aparece num vídeo ou tem sua foto publicada numa rede social. Tiramos uma foto do vídeo ou pegamos a imagem do rosto dele na rede social e o submetemos ao sistema que mapeia essa face”, explica Ricardo Secco Abboud, um dos representantes da Thales Gelmato, a fabricante responsável pelo sistema.
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