Publicado em 21/8/2020 às 10h25
Por Thiago Shimada
Planejar ou não planejar? Eis a questão
Vamos devagar: comece planejando dentro do que é possível e necessário no momento
Vamos devagar: comece planejando dentro do que é possível e necessário no momento
Na vida de um empreendedor, é quase um costume sermos bombardeados com aquelas famosas questões como “qual o seu planejamento?” ou “devia ter se planejado”, não é mesmo? O planejamento em si não é algo ruim, muito pelo contrário. Ele é algo extremamente positivo! Isso, é claro, se ele for trazido à mesa de forma correta. Por que digo isso? Pois os que interpelam são os mesmos que têm uma visão idealizada e cristalizada de planejamento. Ou seja, tratam esse bonitão como um modelo único de execução.
O problema disso é que, dependendo da maturidade do empreendedor, essa ferramenta tão positiva pode se tornar algo nocivo a ele e, por consequência, a seu negócio. Afinal, essa visão parcial sobre o assunto acaba colocando uma carga excessivamente pesada que só gera algo que atrapalha demais a vida de um empreendedor e sua empresa: a inércia.
Então, no texto de hoje, começo dizendo que planejamento não é nenhum bicho de sete cabeças. E quando se aprende e pega gosto pelo assunto, ele vira uma coisa prazerosa! Para isso acontecer, proponho uma experiência bem simples. Pegue um pedaço de papel, uma caneta e dedique 30 minutos para pensar sobre o seu negócio, projetando o futuro dele. Adivinhe só o que você está fazendo neste momento? PLANEJAMENTO!
“Shimada, é simples assim?” Sim!
Agora que você viu como é possível e acessível fazer um planejamento, não tem como não falarmos do nosso momento atual. Então, vamos a ele.
Nos dias atuais, é comum sentirmos medo e insegurança. Logo, a busca pelo planejamento acaba sendo o “remédio” para aliviar tais sensações, certo? Porém, ele só se tornará um remédio se aquilo que for mapeado, de fato, acontecer futuramente. Se isso não acontecer, pode apostar que a sensação de frustração só vai aumentar.
Quando começou essa pandemia, em apenas um mês, eu refiz três vezes o mesmo planejamento. E então, só assim caiu a minha ficha: para planejar, devemos ter dados minimamente sólidos que alicercem tal projeção. Caso contrário, ele muda de status. Ou seja, sai de planejamento para achismo/vidência. E nos dias de hoje, quem sabe o que vai acontecer amanhã, não é mesmo? Nesse status de vidência, a probabilidade de não atingimento é enorme, assim como o potencial de frustração. Em um momento de tanta dor e pressão, convenhamos que não cai bem trazer mais uma tonelada de frustração. Concorda comigo?
Isso significa que não devemos nos planejar? Não! Vamos aprender a fazê-lo de forma diferente, começando pela janela de tempo. Nada de um ano, seis meses ou trimestre. Vamos planejar focando no mês e seus recortes (semanas) e com apenas um pensamento: o que devo fazer para chegar até o mês que vem.
Pronto! Você estará planejando, dentro do que é possível e necessário no momento, e assim, quando menos esperar, 2021 estará aí para – quem sabe – trazer novos ares.
*Thiago Shimada é CEO da Academia da Marca e Mentor de Donos de Negócio.
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