Publicado em 30/06/2023 às 9h30
por Redação
A prisão do “maníaco do Parque Toronto” pela Polícia Civil na última quarta-feira, 28 de junho, representa o desfecho de um capítulo sombrio para as frequentadoras da área verde, que viveram os últimos meses com medo de serem perseguidas e assediadas. Embora a prisão coloque fim à onda de medo, a sensação de insegurança não deve se desfazer tão cedo, infelizmente, o que pede a presença da polícia no local como forma de restabelecer a ordem.
Após a divulgação do caso, alguns detalhes vieram à tona como a criação de uma rede de informações no WhatsApp e nas redes sociais, como o Facebook, na tentativa de identificar o homem que atacava mulheres com tapas, mordidas, apertões, beijos forçados, chineladas e pauladas nos glúteos. Além disso, segundo relatos, algumas mulheres deixaram de caminhar na região por conta do risco de serem encontradas pelo criminoso. “Cada dia fica mais difícil de correr no Toronto”, disse uma de nossas seguidoras no Instagram. O medo não é por acaso: segundo a 9ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), as vítimas ficaram marcadas tanto psicologicamente quanto fisicamente. Algumas passaram a vivenciar crises de pânico; e outras, por conta da violência dos ataques, apresentaram marcas que persistiram por 15 dias ou mais.
Arrependimento e pedido de desculpas
Segundo a delegada Patrícia Vaiano Mauad, responsável pela 9ª DDM, ao confessar os crimes de forma detalhada, o jovem de 18 anos disse à polícia estar arrependido dos ataques e ainda sugeriu pedir desculpa às vítimas. Ao justificar os crimes, ele relatou “sentir um desejo incontrolável” de assediar mulheres, além de gostar da “adrenalina na hora da fuga”. A abordagem seguia a mesma estratégia em todos os casos: ao escolher sua vítima, ele a seguia por um longo percurso até encontrar o momento certo para cometer o ataque e depois fugia. Não havia um perfil específico, tampouco importava a idade.
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