Publicada em 10/11/2025 às 9h27
Por Redação
Nos últimos dias 8 e 9 de novembro, na Terra Indígena Jaraguá (TI), ocorreu mais um mutirão da Agrofloresta Guarani M’bya na Tekoa Pindó Mirim, uma iniciativa conduzida pela comunidade Guarani Mbya, sob liderança Neusa Para Poty, o agricultor e conselheiro José de Quadro Wera, e o auxiliar comunitário Daniel Werá. O encontro marcou a continuidade do sistema agroflorestal (SAF) que une reflorestamento, segurança alimentar e regeneração do solo, articulando saberes tradicionais e científicos.
O evento colocou na terra mais de 2,5 mil mudas de árvores, somando adubo verde e diversas sementes de alimentos durante um fim de semana. Somadas às ações anteriores, a comunidade já ultrapassa 3 mil árvores plantadas em dois anos e meio, em uma área total de cerca de 2 a 3 hectares. O sistema agroflorestal prevê arranjos de espécies frutíferas, medicinais e nativas, com destaque para erva-mate, banana, pitanga, grumixama, araçá, amora, cambuci, mamão, palmito pupunha e jussara, além de leguminosas como feijão-guandu, feijão-de-porco, crotalária e girassol, que ajudam na adubação verde e regeneração do solo.. A iniciativa também fortalece o Cinturão Verde Guarani, projeto de lei em tramitação que busca interligar as áreas verdes do Jaraguá e restaurar corredores ecológicos interrompidos por rodovias, o que permitirá o trânsito seguro de animais silvestres.
O terreno de 8 mil m2 recebeu cinco toneladas de composto orgânico, calcário, fosfato natural, biofertilizantes e sementes de adubação verde. O preparo do solo foi feito com o apoio de um tratorito cedido pela UFSCar e curvas de nível projetadas em parceria com o programa Sampa+Rural, que ajuda a controlar a erosão e aumentar a infiltração de água no solo.



















