Publicado às 9h35
Folha de SP
Novo espetáculo da Companhia Delas de Teatro, “Mary e os Monstros Marinhos” lança um olhar feminista sobre a relação das mulheres com a ciência ao contar as (des)venturas da paleontóloga inglesa Mary Anning (1799-1847), que, aos 12 anos, remontou um esqueleto de um réptil marinho extinto.
Dirigido por Rhena de Faria, um trio de talentosas atrizes (Cecília Magalhães, Julia Ianina e Thaís Medeiros) relembra a saga da protagonista, que enfrenta dificuldades como fome, solidão e preconceito.
A primeira cena já instaura um tom sombrio na montagem, em que direção e dramaturgia, tecida pela diretora e pelo elenco, não temem falar da aridez da vida aos pequenos. Só um ou outro excesso de discurso feminista dispersa por vezes a plateia infantil na peça.
Os aspectos da realidade, no entanto, ganham em alguns momentos pinceladas fantásticas, levando o espectador a sonhar com novos tempos, embalados por uma trilha sonora (Arthur Decloedt) que permite voos internos, imaginários. O texto tem diálogos que tratam de ciência de forma poética, sem perder algum didatismo necessário.
Serviço
Mary e os Monstros Marinhos
Quando: sábado e domingo, às 12h, até 29 de julho
Quanto: de R$5 a R$17. Grátis para menores de 12 anos
Onde: Teatro do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93
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