Publicado às 9h20
Folha de SP
Sem dar trégua desde a noite desta segunda-feira (30), a chuva deixou a capital paulista em estado de atenção para alagamentos na manhã desta terça (31).
O alerta emitido pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) terminou às 7h. Todas as regiões da capital, além das marginais, ficaram em monitoramento.
Ainda de acordo com o órgão da prefeitura, a terça continuará com tempo instável e sensação de frio. Os termômetros devem registrar mínima de 15°C e máxima de 18°C.
Não chovia há 46 dias. Na região metropolitana, foram mais de cem dias sem chuvas significativas.
O resultado da chuva forte se refletiu no trânsito. Por volta das 8h30, a cidade acumulava 124 km de lentidão, bem acima da média para o horário, que gira entre 49 km e 99 km de congestionamentos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia, a última vez que choveu na cidade foi entre os dias 13 e 14 de junho. Já na região metropolitana, a última chuva volumosa foi no dia 16 de abril.
Resultado de uma frente fria que passa pelo litoral do Sudeste, as chuvas —que já vinham avançando pelo interior do estado— chegam na capital acompanhadas de raios, trovões e ventos fortes, em torno dos 57km/h.
FRIO
O frio segue nos próximos dias e a temperatura deve cair significativamente. A manhã desta terça começa com céu fechado e previsão de 25mm de chuva.
O dia mais frio da semana, no entanto, será quinta (2), com previsão de mínima de 11ºC e garoa.
A expectativa é de que a mudança no clima traga alívio ao problema da baixa umidade enfrentada nos últimos meses pelos paulistanos —têm sido registrados níveis menores do que 30%, considerado estado de atenção e prejudicial à saúde.
Além do tempo seco e a poluição, o nível dos reservatórios que abastece o estado também preocupa. No domingo (29), o Sistema Cantareira, o maior reservatório de água da Grande São Paulo, entrou em estado de alerta, após chegar a 39,9% de sua capacidade.
O sistema teve apenas dois dias de alta desde 1º de abril, início do período de estiagem. Em 26 de julho de 2013, ano da pré-crise de abastecimento, o índice era melhor: 53,8%.
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