Publicado em 19/02, às 12h30
Por Priscila Perez
A média de velocidade dos ônibus na capital está estagnada em 16 km/h de 2017 para cá. Segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, a situação até piorou no horário de pico da tarde, das 16h às 19h59, passando de 17 km/h para 16 km/h. Pelo jeito, o slogan “Acelera São Paulo” não faz jus à realidade no trânsito, sempre atravancado. Para se ter ideia, a frota paulistana conta com 12,8 mil veículos e 1.347 linhas, que transportam mais de 8,9 milhões de passageiros por dia.
Este problema se arrasta por décadas na cidade. Desde 2009, a Prefeitura de São Paulo – independente da gestão – não consegue efetivamente fazer com que os ônibus desenvolvam uma velocidade superior a 17 km/h na hora do rush. Fernando Haddad, que esteve à frente do governo municipal entre 2013 e 2016, tinha como missão cravar a média de 25 km por hora, mas nem a pintura desenfreada de faixas exclusivas garantiu a meta. Ao final da gestão, eram 490 quilômetros de vias com prioridade para a circulação de ônibus. João Doria, seu sucessor, também prometeu acelerar os ônibus, mas a promessa ficou só no slogan. O mesmo acontece com Bruno Covas, que herdou 512 km de faixas exclusivas e 130 km de corredores para ônibus. A promessa, entretanto, é de implantar mais 38 km de faixas.
A pesquisa “Origem Destino do Metrô” revela quanto tempo o paulistano perde no trânsito. Segundo o relatório, usuários de metrô, trem, ônibus e fretados gastam, em média, 60 minutos entre os deslocamentos. Já no transporte individual, que inclui carro, táxi e moto, o tempo de viagem é de 26 minutos.
Adicione Comentário