Publicada em 19/11/2025 às 10h320
Por Redação
O início das obras de modernização da estação Água Branca, da CPTM, foi adiado devido à falta de liberação de um terreno pertencente ao governo federal. A intervenção é apontada como fundamental para integrar a futura Linha 6-Laranja do Metrô e ampliar a capacidade do sistema ferroviário, mas a negociação para o repasse da área já se arrasta há três anos. Atualmente, a estação atende somente a Linha 7–Rubi. Com a reforma, passaria a ser a maior e mais moderna de toda a rede, concentrando duas linhas de metrô, três da CPTM e os futuros trens intercidades com destino a Campinas e Sorocaba.
A execução do projeto depende da autorização de áreas administradas pela CPTM, pela MRS Logística e pelo governo federal. O principal entrave envolve um pequeno edifício que abriga uma antiga cabine de energia, justamente localizado na parte pertencente à União — único trecho ainda não cedido ao Estado.
Como as obras seguem paradas, a concessionária TIC Trens já admite que a nova estrutura não ficará pronta antes da abertura da Linha 6-Laranja. A estação atual, inaugurada em 1867 e modernizada pela última vez nas décadas de 1960 e 1970, não tem capacidade para receber o aumento previsto no número de usuários. Para evitar sobrecarga quando a Linha 6 entrar em operação, o governo avalia estender a Linha 11–Coral da Barra Funda até Água Branca, permitindo uma melhor distribuição dos passageiros que utilizarão a nova conexão.
Especialistas em gestão pública afirmam que o atraso evidencia a falta de articulação entre os governos federal e estadual. Segundo eles, casos como esse mostram as dificuldades de coordenação entre as diferentes esferas responsáveis pela mobilidade urbana.



















