Publicado em 22/01, às 12h30
Por Priscila Perez
No final de 2019, a vida do prefeito Bruno Covas virou de ponta cabeça. A erisipela (infecção cutânea) diagnosticada inicialmente virou uma trombose, que o levou ao hospital. Internado, acabou descobrindo que o problema era ainda pior: havia um tumor. Dias depois, lá estava ele pensando em quimioterapia. Tal experiência foi citada por ele ao anunciar, na última terça-feira, 21 de janeiro, o programa municipal Corujão do Câncer, cujo objetivo é zerar a fila por exames oncológicos na capital. Hoje, mais de 100 mil pessoas aguardam por atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde), sem a agilidade que permitiu ao prefeito iniciar o tratamento em questão de horas.
Segundo ele, o mutirão tem como princípio agilizar o acesso ao tratamento contra o câncer na rede pública. “É inaceitável que o prefeito, que tem condições de pagar plano de saúde, tenha esse tipo de agilidade, e a população, que não tem condição de pagar plano de saúde, tenha que esperar dias para ter acesso ao tratamento”, pontuou o prefeito.
Nesta primeira etapa, que começa já na próxima quinta-feira, 23 de janeiro, serão priorizados os cânceres de maior incidência: estômago, colorretal, tireoide e próstata. A princípio, serão disponibilizadas 2,3 mil vagas para exames de colonoscopia a pacientes com idade acima de 65 anos. Segundo a Prefeitura de São Paulo, cerca de cinco mil pessoas aguardam pelo exame. “Nossa meta é zerar a fila de espera em três meses”, destaca Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde.
Segunda etapa
Prevista para março deste ano, a segunda fase do mutirão terá um novo rol de exames. Ecocardiograma, Densitometria Óssea, Ultrassonografia Mamária, Endoscopia são alguns deles. Nesse período, pacientes com diagnóstico de câncer de pele, ginecológico, hematológico, neurológico, pneumológico, oftalmológico e pediátrico terão prioridade.
Participam do Corujão do Câncer os hospitais AC Camargo, Instituto de Câncer Dr. Arnaldo (CAVC), Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho/Einstein (Vila Santa Catarina) e Hospital Sírio Libanês, parceiros nessa iniciativa. O total de investimento no programa é de R$ 15 milhões.
Adicione Comentário