Publicado em 30/03, às 12h50
Por Priscila Perez
Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira, 30 de março, o prefeito Bruno Covas anunciou uma importante medida evitar demissões em massa na cidade. Para assegurar o pagamento de salários para funcionários de empresas terceirizadas e concessionárias de ônibus, mesmo sem a prestação de serviços, a administração municipal irá repassar mensalmente R$ 375 milhões por mês.
Com a medida, cerca de 109 mil trabalhadores que prestam serviços terceirizados ao município terão os empregos assegurados, incluindo motoristas e cobradores de ônibus – fortemente impactados pela crise (a frota de ônibus em circulação é de 40%). “A Prefeitura também está preocupada com o emprego e a renda das pessoas. Por isso, enviamos à Câmara projeto que autoriza a Prefeitura a continuar passando recurso às empresas terceirizadas e concessionárias de ônibus, mesmo com a redução de serviço”, destacou Covas. Segundo ele, os contratos também poderão ser renegociados – desde que não haja demissões.
Outra medida anunciada pelo prefeito foi a utilização de recursos dos onze fundos municipais, incluindo o Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano), para reforçar o orçamento destinado ao enfrentamento da pandemia em solo paulistano. Todos os esforços estão focados no combate ao coronavírus: até o momento, a Prefeitura reservou R$ 1,5 bilhão. A prioridade, segundo Covas, é realocar recursos que não estejam associados a obras em andamento. A proposta foi aprovada pela Câmara Municipal na última sexta-feira, 27 de março, em sessão virtual realizada pelos vereadores da capital. “Ainda não chegamos no momento de ter que utilizar recursos do Fundurb, a ideia é manter o número de obras que estamos tocando. Mas já temos autorização da Câmara para utilizar esses recursos e temos uma retaguarda para não ter que parar nada”, explicou o prefeito.
Quarentena
Quanto à quarentena, que impôs o fechamento de comércios e serviços não essenciais na capital até o dia 7 de abril, Covas disse apenas que a medida é avaliada diariamente, conforme a evolução dos casos de Covid-19. Até lá, espera-se que a Prefeitura se posicione sobre a reabertura dos estabelecimentos ou opte por novas medidas de restrição.
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