COTIDIANO

Reabertura do comércio não garante aquecimento da economia na capital

Publicado em 26/06/2020, às 9h40

Por Redação

A reabertura parcial do comércio na capital não reduz a angústia do paulistano nessa época de pandemia. Se o comércio todo foi fechado quando o número de casos por dia não chegava a 100, agora reabre parcialmente quando o Estado atinge recordes diários não só de número de contaminados mas também de mortos: são mais de 5 mil novos infectados por dia, com mais de 300 mortos.

Governo do Estado e Prefeitura alegam que a contenção da curva permitiu a reorganização do sistema de saúde, de forma a conter o avanço e permitir o atendimento, a ampliação do número de leitos de UTI. Mas, ainda assim, será que foi feito todo o possível? Não teria sido melhor reduzir o ritmo da atividade econômica de form amais intensa e por período mais curto de tempo?

A construção civil não poderia ter ficado um mês inativa? O sistema de transporte não deveria ter recebido reforço no número de trens e ônibus em circulação – em vez de redução como ocorreu, provocando superlotação? Não deveria ter sido feita uma alteração nos horários de entrada e saída de funcionários nos serviços essenciais como supermercados, farmácias, óticas, lojas de material de construção, para evitar a concentração de passageiros em horários de picos? Será que bancos, supermercados e farmácias não deveriam ter sido obrigados a ter horários reduzidos de atendimento, especialmente em se tratando de grandes redes que muitas vezes tem várias lojas num raio de ou 3km de distância umas das outras?

Talvez esse cenário explique porque a capital nunca ultrapassou 55% na taxa de isolamento que, aliás, deixou de ganhar destaque diariamente por Governo do Estado e Prefeitura desde que a capital foi classificada para a chamada Fase Amarela do Plano de Retomada Gradual, com permissão de abertura para alguns tipos de comércio.

Atualmente, gira em torno de 45% – o que não difere muito do que vinha sendo registrado antes da autorização para reabertura parcial. Será, então, que não é o pequeno comércio que representava aumento na taxa de circulação e nem foi o responsável por conter a curva de aumento dos casos na capital?

Os questionamentos na capital vão além – estabelecimentos dos setores de gastronomia (restaurantes, bares, lanchonetes, padarias) e do setor de beleza (salões de beleza, clínicas de podologia, spas) e academias, cinemas, teatros, casas de shows, que ainda permanecem proibidos de funcionar, não deveriam receber algum tipo de apoio governamental para conseguirem sobreviver à pandemia?

Menor movimento

Todo o comércio, aliás, mesmo aquele que está gradualmente sendo autorizado a funcionar, tem registrado queda abrupta de movimento – seja porque os clientes ainda evitam sair de casa e se contaminar, seja porque as pessoas estão sem atividades econômicas, o desemprego aumentou e falta dinheiro para movimentar os negócios.

Nessa primeira semana de reabertura das lojas, o movimento ainda foi baixo – mesmo com filas e aglomeração em alguns pontos comerciais – e várias lojas sequer reabriram. Algumas parecem ter fechado definitivamente.

As linhas de apoio às pequenas empresas são complexas e não há, até agora, bons projetos apresentados para uma retomada segura e gradual da atividade econômica na capital.

Tudo isso ainda com a ameaça de que o comércio pode ser novamente fechado a qualquer momento, caso os números piores – o que já está acontecendo em outras regiões do Estado como o Vale do Ribeira, Botucatu, Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente.

Vida “normal”

O Governo do Estado adiou duas vezes prometidos anúncios sobre a retomada das aulas no Estado. Já alterou versões, também, sobre como acontecerá a volta do funcionamento de escolas e creches – se inicialmente dizia que seria ao mesmo tempo, em todo o Estado, agora já admite a hipótese de reabrir de forma heterogênea, ou seja, em cada região numa data diferente.

Com o secretário da Educação, Rossieli Soares, internado por conta da Covid 19, o governador João Doria deixou de abordar o assunto quando previsto e agora a promessa é de que anunciará o calendário da retomada das aulas na próxima quarta-feira, 24 de junho.

Questionado sobre por que havia sido permitida a reabertura de shopping centers mas não a de parques e outras atividades ao ar livre, o coordenador do comitê de saúde do estado, Carlos Carvalho, limitou-se a dizer que é mais simples controlar o acesso de pessoas nos estabelecimentos fechados. Sem apontar datas, apontou que a reabertura dos parques está sendo estudada.

A Folha Noroeste apurou que a Prefeitura paulistana pretende reabrir os parques municipais apenas daqui a um mês, em 21 de julho. Também já foi anunciado que as Ciclofaixas de Lazer aos domingos devem ser retomadas a partir de 19 de julho.

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