Publicado em 22/09, às 10h23
por Redação
Os sindicatos dos Metroviários e dos Ferroviários anunciaram uma greve conjunta de 24 horas marcada para a terça-feira, 3 de outubro. A paralisação é uma forma de protesto contra os planos de concessão e privatização das duas companhias estaduais de transporte, o Metrô e a CPTM, bem como da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
A decisão de aderir à greve foi tomada pelo Sindicato dos Metroviários em uma assembleia realizada na noite de terça-feira, 19. Dois sindicatos ligados à CPTM já haviam confirmado anteriormente sua participação na paralisação.
A greve deverá afetar diretamente as operações nas seguintes linhas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, bem como as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM. No entanto, as quatro linhas operadas pela iniciativa privada (linhas 5-Lilás, 4-Amarela, 8-Diamante e 9-Esmeralda) em princípio devem funcionar normalmente.
O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem mantido sua determinação em relação aos planos de desestatização, apesar dos protestos dos funcionários do Metrô e da CPTM. Durante a 29ª Semana Metroferroviária, realizada na semana passada em São Paulo, o secretário executivo da Secretaria de Parcerias em Investimento, André Isper Rodrigues Barnabé, atualizou a situação do projeto. De acordo com ele, o governo pretende transferir para a iniciativa privada todos os ramais atualmente operados pelas empresas estaduais até 2026.
Os sindicatos e funcionários do Metrô e da CPTM têm expressado críticas ao serviço prestado pelas concessionárias, com destaque para a ViaMobilidade nas linhas 8 e 9.
A principal reivindicação da greve é que o governador Tarcísio de Freitas suspenda imediatamente o “processo de privatizações, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população através de um plebiscito oficial sobre a entrega das empresas à iniciativa privada”.
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