Publicado às 10h50
Por Diego Antunes, produtor cultural
Os festejos juninos têm sua origem em festas pagãs, destinadas a celebrar o período de colheita e fartura vinda da terra. Posteriormente, a tradição foi incorporada pela Igreja Católica nos séculos V e VI, ganhando novos arranjos com a celebração aos três santos do período – Santo Antônio, São João e São Pedro. É no Brasil, por volta de 1600, que a festa ganha raízes profundas na cultura popular brasileira e torna-se a festividade mais típica do povo nordestino.
A dimensão cultural da festa adquire força e expressão em todo o território nacional. É a partir daí que o clima junino invade os espaços sociais com as quadrilhas, os trajes típicos e a culinária do milho.
A decoração de bandeirolas coloridas, fogueiras ardentes nas portas das casas, simpatias milagrosas e o
forró como gênero motriz da época revelam não só a riqueza de simbologias, mas também a potência dessa
expressão cultural que é tão nossa.
Além dos festejos promovidos pelo Centro de Tradições Nordestinas (CTN), a cidade de São Paulo é palco de grandes festas juninas, como as de São Miguel Paulista e da Portuguesa, e de dezenas de quermesses paroquiais, que deixam as noites ainda mais iluminadas. Não à toa, a capital paulistana abriga a maior população nordestina fora dos estados do Nordeste.
Sem dúvida nenhuma, o São João tem elementos suficientes para conquistar o status de maior festa popular do Brasil, equiparado ao carnaval, por sua solidez cultural e riqueza em diversidade. Viva São João!
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