Publicado às 10h40
Por Virgínia Moreira Malolo
A taxa de suicídio entre policiais é maior que o número dos que falecem em serviço. Esses dados mostram que aqueles que deveriam cuidar da nossa segurança não estão bem – fisicamente ou mentalmente. E o governo tem feito o que para resolver estas questões?
A exemplo do que ocorreu na Brasilândia há pouco tempo, o que leva um policial a acabar com a vida da própria esposa e depois se suicidar? Os governos municipal e estadual precisam – com urgência – dar suporte aos guardas civis metropolitanos e aos policiais militares do Estado. O mínimo é oferecer ajuda psicológica e psiquiátrica, além de folgas e bons salários.
A população também deveria ter mais acesso a serviços de apoio psicológico. As pessoas estão com depressão, pensam em tirar as próprias vidas, e quais são as políticas públicas para salvá-las? Campanhas de conscientização? Elas precisam de terapia, de pessoas que possam ouvi-las e ajudá-las a encontrar um melhor caminho para a solução de seus problemas.
Neste momento, é impossível continuarmos fechando os olhos para tudo que estamos vendo. Não dá! Nossos serviços estão precários. Tentei passar no dentista num posto de saúde de Pirituba, e sabe o que ouvi de uma atendente? Além de “amanhecer” na unidade, deveria dizer que estava com muita dor, pois nem todos que procuram o posto conseguem atendimento após um determinado horário.
E o dentista, ainda por cima, não recebe pacientes que queiram fazer tratamentos de prevenção e saúde bucal. Se para os nossos dentes o governo oferece este tipo de serviço, já dá para imaginar o que é oferecido às nossas mentes.
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