Publicado em 19/11/2021 às 09h
Via G1
Levantamento feito pela secretaria da Saúde revelou busca por doações em postos de bairros como Ermelino Matarazzo, Sapopemba, Pirituba, Brasilândia e Parelheiros.
Um levantamento feito pela secretaria municipal da Saúde de São Paulo e divulgado nesta quinta (18) revela que paulistanos com fome procuraram ajuda em vários postos de saúde da cidade. Unidades básicas de bairros como Ermelino Matarazzo, Sapopemba, Pirituba, Brasilândia e Parelheiros relataram a busca por doações.
Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) inaugurada na Zona Leste da cidade há cerca de três meses, funcionários relataram que já tiveram pacientes que pediram para serem internados no local porque estavam passando fome. Na Zona Norte, a gerente de um posto relatou à prefeitura que, “infelizmente, há pacientes em extrema pobreza”. “Dentro do possível tentamos fazer parcerias para obter doações, acionamos também pessoas da comunidade ligada a ações pastorais e associações de bairro para doação de cestas básicas”, disse a servidora.
Distribuição de marmitas
A Prefeitura de São Paulo afirmou que irá manter a distribuição de marmitas a moradores de rua enquanto não for cumprida integralmente uma decisão da Justiça que determinou que sejam redistribuídos 10 mil cartões do restaurante Bom Prato que estão inativos e são destinados a desabrigados na cidade.
Novo censo em desenvolvimento
A prefeitura também decidiu antecipar um censo sobre moradores de rua da cidade e estima que o número, avaliado em 2019 em 24 mil, tenha subido para pelo menos 35 mil após a pandemia. O novo estudo só deveria ser feito em 2023.
Para atender essa população, a gestão propõe a criação de 35 novos serviços, incluindo 12 centros de acolhida para diferentes públicos, como idosos, pessoas trans, mulheres e famílias completas.
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