Publicado às 10h
Por Priscila Perez
Uma leitora apontou em nosso Facebook, em uma semana de violência na região, a existência de um documento do Seevissp (Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo) avisando sobre a intenção da Prefeitura de substituir os vigilantes que fazem a segurança 24 horas nas 1,7 mil unidades da rede municipal de ensino por guardas-civis metropolitanos. Desse modo, o serviço passaria para as mãos da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
A mudança ocorreria até o dia 31 de outubro, após a rescisão do contrato com as oito empresas responsáveis pelo serviço. A decisão afetaria escolas, CEUS (Centros de Educação Unificados) e CEIs (Centros de Educação Infantil). A princípio, os primeiros cortes deveriam ocorrer entre os dias 16 e 17. Após a repercussão do caso, que alarmou a comunidade, o sindicato se manifestou novamente. Segundo ele, houve, sim, a intenção – por parte da Prefeitura – de substituir os vigilantes nas escolas, mas a categoria está em processo de diálogo com a administração municipal.
O CEU Pêra Marmelo, no Jaraguá, por exemplo, conta hoje com até dez vigilantes por turno (manhã e noite). Tudo isso devido ao seu tamanho e à localização. Outro CEU importante é o Vila Atlântica, cuja programação cultural é intensa. “Muito triste, infelizmente não temos segurança nos parques, CEUs e escolas. Nossos filhos correm perigo”, refletiu uma de nossas leitoras no Facebook.
E a Prefeitura, o que diz?
O governo municipal afirma que a Secretaria de Educação cumpre determinação do Tribunal de Contas do Município (TCM) para “encerrar contratações emergenciais”. Contudo, nenhuma das 175 escolas ficará sem vigilância. Quanto aos Centros Educacionais Unificados, a Prefeitura explica que não possui contrato emergencial para vigilância, a qual é executada por empresas contratadas. Portanto, não haverá mudanças. As dúvidas do sindicato serão respondidas pela Divisão de Gestão de Contratos.
A GCM, por meio de seu sindicato – o SindGuardas -, é cautelosa sobre a possibilidade, já que não haveria efetivo suficiente para assumir a nova atribuição. “O problema é aumentar o trabalho, com a mesma quantidade de pessoas. A conta não fecha”, explica Clóvis Roberto Pereira, presidente da entidade.
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