Publicado às 10h
Por Cristina Braga
Mais uma vez a linha 6 laranja do metrô parece mais distante da zona noroeste. As negociações feitas pelo consórcio Move São Paulo, e um grupo chinês que poderia retomar a empreitada não foram adiante.
Com o fracasso das negociações, o Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC foi notificado pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) na última sexta, 2 sobre o prazo de 30 dias, para retomada das obras da linha 6-Laranja. O Consórcio é formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC e paralisou a obra em setembro de 2016 alegando dificuldade de financiamento público em linha de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por causa de envolvimento das empreiteiras na Operação Lava-Jato. A obra seria realizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
A STM tomou todas as medidas legais cabíveis para que a Move São Paulo retomasse e concluísse as obras da linha 6, que ligará Brasilândia, na zona norte da capital, à estação São Joaquim, na região central. Até o momento a pasta já aplicou à concessionária três multas que totalizam R$ 72,8 milhões e estão em andamento outras seis autuações que somam R$ 43 milhões.
Nos termos do contrato de concessão, a concessionária é a única responsável pela obtenção dos financiamentos necessários ao desenvolvimento dos serviços delegados. Caso o contrato seja rompido, Governo Estadual deverá realizar nova licitação para tomar a construção da linha 6.
Segundo o Governo do Estado não há pendências junto à concessionária que impeçam a retomada das obras, cuja execução atingiu 15%. Foram aportados pelo Governo de Geraldo Alckmin até o momento R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações.
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