REGIONAL

Defensoria solicita que comunidades indígenas recebam máscaras e álcool em gel durante pandemia de coronavírus

Publicado em 01/04, às 11h20

Por Priscila Perez

Prefeituras que tenham indígenas e quilombolas em seus territórios devem fornecer álcool em gel e máscaras para essas comunidades para o enfrentamento da pandemia de coronavírus no Estado. Esta recomendação é um pedido da Defensoria Pública de São Paulo feito à Secretaria de Estado da Saúde e à Coordenação do Centro de Contingência.

Aldeia no Jaraguá. Foto: Reprodução.

No documento, o órgão indica a necessidade de se ampliar as medidas de higienização durante a quarentena com a oferta de máscaras para pacientes doentes ou que apresentem sintomas leves, como tosse e espirros, e álcool em gel para a limpeza de espaços comuns. Além disso, as Prefeituras devem disponibilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) para todos os agentes de saúde que atuam nessas comunidades. Segundo a defensora pública Isadora Brandão Araújo da Silva, que assina o ofício juntamente com os defensores Vinicius Conceição Silva e Andrew Toshiko Hajam, a pandemia de coronavírus oferece um grande risco a esses grupos. “Doenças respiratórias já são a principal causa de morte entre as populações nativas brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde”, completa.

Por conta da pandemia, a comunidade indígena do Jaraguá está isolada, com todos os acessos bloqueados para turistas. No território, vivem cerca de 600 índios. “Fechamos nossa comunidade”, conclui Thiago Henrique Karai Djekupe. O líder indígena alerta que “a situação é de grande risco para os guaranis”, já que a comunidade reúne muitos idosos, crianças com problemas respiratórios e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Todas elas compõem o chamado grupo de risco e são mais vulneráveis aos efeitos do Covid-19.

Alerta vermelho

O risco é confirmado por Sofia Mendonça, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Há um risco incrível de o vírus se alastrar pelas comunidades e provocar um genocídio”. A médica sanitarista é coordenadora do Projeto Xingu, desenvolvido pela universidade junto a povos indígenas que vivem na bacia do Rio Xingu, no Mato Grosso e Pará. Se o vírus adentra na comunidade, o impacto social pode ser comparável ao das epidemias que dizimaram a humanidade no passado. “Todos adoecem, e você perde todos os velhos, sua sabedoria e organização social. Fica um buraco nas aldeias.”

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