Publicado em 07/4/2020 as 11h54
Por Cristina Braga
Inicialmente composto por dez mulheres sendo elas, duas assistentes sociais, duas psicólogas, uma especialista na área de prevenção à Violência Doméstica, uma policial militar feminina, uma advogada, uma enfermeira e duas lideranças comunitárias, esse grupo de profissionais resolveu criar aplicativo para atender mulheres que estejam sofrendo violência doméstica em casa, sejam elas, físicas, verbais, psicológicas ou patrimonial.
A iniciativa partiu da diretora do CIC Oeste Jaraguá (programa da Secretaria da Justiça do Estado) Edilaine Daniel. “Com o isolamento social essas agressões se agravaram e muitas se sentem sozinhas sem ter onde ou à quem recorrer diz uma integrante do ‘El@s por El@s – Solidárias’. “Algumas profissionais citadas acima atendem no CIC Oeste presencialmente também, mas como o órgão está fechado foi criado este grupo para atendimento online”, revela a diretora da entidade.
Segundo Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, denúncias de violência doméstica aumentaram 17% no Brasil após decreto de quarentena para conter coronavírus.
O El@s por El@as – Solidárias”estará disponível 24 horas para atender o pedido de ajuda. A vítima poderá entrar no grupo através do um link https://chat.whatsapp.com/IgVdPiP4cLp01mQzzRV7f4 . Ao clicar a pessoa já estará sendo direcionada.
Sequência de atendimento
Ao entrar no grupo, haverá atendimento e orientação sobre nossa atuação, e, caso aceitem, serão tomadas as providências cabíveis para denunciar, solicitar o comparecimento da viatura do Batalhão no endereço e acompanhar seu acolhimento pelas Instituições, conforme previsto na Lei Maria da Penha. “Lembrando que, todos os atendimentos desse grupo e informações sobre as vítimas são sigilosas e que, jamais deverão ser passadas para terceiros, exceto, para a Justiça ou para outras Instituições de Proteção à Mulher, quando solicitadas”, salienta a diretora.
“Após a realização de todos os tramites na Delegacia, o que será confirmado pela própria vítima e pela nossa Policial Feminina, com a Medida Protetiva em mãos, a vítima passará à ser atendida em particular pelas nossas psicólogas, advogadas e Assistente Social, o que poderá ocorrer através de videoconferência, telefone ou whatsapp. Já as lideranças comunitárias irão ligar de vez em quando para ver se a vítima está precisando de alguma coisa”, diz Edilaine. Essa é uma ação humanitária, social, prevenção primária, secundária e terciária da violência e de acesso à Justiça, e conta com as parcerias do 18º Batalhão da Polícia Militar – Major Lucilene que aceitou fazer parte do projeto- e do 46 e 74º Distritos Policiais, respectivamente de Taipas e Perus.
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