Atualizado às 12h30
Cristina Braga
Depois do incêndio que levou ao desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, localizado no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, no dia 1 de maio, chama a atenção da opinião pública o número considerável de imóveis abandonados na região, que acabaram sendo ocupados por movimentos de luta por moradia. Ao todo, há 70 imóveis nessa situação.
Nas franjas da cidade, como no caso do Jaraguá – que possui grandes extensões de área verde -, a ocupação ocorreu na madrugada do dia 27 de abril, em particular na Estrada do Corredor, 219, em frente ao Shopping Cantareira. Estima-se que 400 barracas de lona e madeira foram erguidas no local. Panfletos circularam no bairro convocando a comunidade a participar desta “nova ocupação”, liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que luta por moradia.
Transtornos no Jaraguá
Segundo moradores do entorno, a ocupação conta com luz elétrica, mas já tumultuou a avenida e a rotina do bairro. Anselmo de Oliveira Alves, da Associação de Moradores Rinaldo Rivetti, que representa os moradores de um conjunto habitacional de 290 famílias, sentiu-se surpreso com a ocupação da área, já que era cercada e vigiada. “Não temos capacidade técnica para julgar os fatos, mas estamos preocupados com a grande movimentação de pessoas estranhas, carros e motos. Tudo isso está causando um grande transtorno na região”, contou.
A Folha Noroeste tentou contato com o advogado da proprietária do terreno no Jaraguá, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno da empresa.
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