Publicado às 11h40
Por Cristina Braga
O prefeito João Doria (PSDB) anunciou, no último dia 27, o edital de concessão do primeiro lote de seis parques municipais à iniciativa privada, que tem como carro-chefe o Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Entre eles, estão o Jacintho Alberto (de 37,5 mil m²) e o Jardim da Felicidade (de 28,8 mil m²).
O lance mínimo definido pela Prefeitura para quem quiser assumir a gestão de 1,3 milhão de metros quadrados de área verde e de lazer na cidade por 35 anos é de R$ 1,9 milhão. A assinatura do contrato está prevista para 24 de julho.
Assim, quem arrematar o parque mais visitado da cidade (13 milhões de pessoas por ano) também terá de operar outros cinco espaços, mais os de Pirituba: Eucaliptos, no Morumbi; Tenente Brigadeiro Faria Lima, no Parque Novo Mundo; e Lajeado, em Guaianases.
A Prefeitura estima arrecadar durante as três décadas de concessão R$ 1,6 bilhão, 70% apenas com desoneração, ou seja, custos que serão assumidos pelo gestor privado. Só a manutenção do Ibirapuera custa R$ 29 milhões por ano. O concessionário que assumir a administração dos seis locais terá de investir cerca de R$ 190 milhões nos 35 anos de contrato, média de R$ 5,4 milhões por ano.
Quem assumir o Ibirapuera também terá de reformar as três lanchonetes já existentes e o restaurante The Green, instalado sob a marquise e atualmente fechado. Por outro lado, a gestão Doria vai permitir a construção de mais seis lanchonetes e de três novos restaurantes em pontos já definidos e espalhados pelo parque para garantir um incremento na arrecadação do futuro gestor com o aluguel dos espaços.
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