Publicado às 15h03
Por Cristina Braga
Na última quarta, 15, o superintendente da Associação Comercial de São Paulo Distrital Oeste Mario Martinelli convidou o vereador Gilberto Natalini (PV), e Ivan Caceres representante da Secretaria municipal da Saúde (SMS), junto com demais conselheiros para debater a reabertura do Hospital Sorocabana, na Lapa, fechado desde 2010 por causa de problemas financeiros. Na ocasião, esteve presente também o superintendente da Distrital Noroeste, Leonardo Ramos.
Frente as questões do Sorocabana, Natalini pontuou as ações realizadas desde antes do fechamento do complexo hospitalar. “O primeiro ofício que mandei foi em 22 de janeiro de 2006 à Secretaria Municipal de Saúde pedindo a municipalização do sorocabana ainda na gestão da época em que era filantrópico. Na época de Gilberto Kassab (2006-2008) pedimos para que o município dialogasse com o Estado. Queríamos a reforma do hospital por inteiro e a abertura como um todo”, contextualiza.
O hospital funcionou por mais de 50 anos e foi referência para moradores da Zona Oeste. Construído em 1955 num terreno do governo do Estado, era administrado pela Associação Beneficente de Hospitais Sorocabana. Atualmente, apenas o térreo é ocupado por uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 24h, por uma unidade da Rede Hora Certa, que faz exames, consultas e cirurgias e CER III Centro de Reabilitação. Sem número de leitos na Lapa, o Hospital Municipal Dr. José Hungria, em Pirituba acaba recebendo todo o contingente de pacientes das zonas norte e oeste.
Gestão Fernando Haddad
Na administração do prefeito Fernando Haddad do PT (2013-2016) Natalini afirma que, novamente, enviou ofício tanto para o Estado quanto para a Prefeitura de São Paulo. Cálculo projetado do Estado para a reforma do hospital ficou em torno de R$ 52 milhões de reais “mas Haddad queria ficar só com a administração (cerca de R$ 60 milhões/ano) e não bancar a reforma como um todo e assim esgarçou a negociação mais uma vez”, esclarece o vereador.
Proposta viável?
Ivan Caceres da Secretaria Municipal de Saúde afirmou que possibilidade de viabilizar a abertura do hospital é a cessão do terreno onde está situado o Instituto Dante Pazzanese, na Vila Mariana, pela Prefeitura ao Estado que, por sua vez, cederia o terreno do Sorocabana. “Assim, com a titularidade do terreno transferido para a municipalidade,poderia ser aportado recursos do BID -Banco Interamericano de Desenvolvimento ou de fundos municipais para a sua manutenção e contratação de profissionais”, disse. O Vereador Gilberto Natalini disse enfático que “se não for para ser atendimento 100% SUS , ele será contra”.
Houve questionamentos por parte da plateia sobre mobiliário abandonado, escadas arrebentadas e em equipamentos que fazem parte do passivo do complexo hospitalar e que não podem ser removidos do local
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