Publicado em 23/03, às 11h40
Por Priscila Perez
Começa nesta segunda-feira, 23 de março, a campanha de vacinação contra a gripe (influenza e H1N1) na capital. Nesta primeira etapa, devem se imunizar, preferencialmente, pessoas com 60 anos ou mais e profissionais da saúde – grupo considerado mais vulnerável ao Covid-19. As doses estarão disponíveis nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, onde serão montadas salas especiais para o atendimento de idosos. Veja aqui a unidade mais próxima.

Para evitar a aglomeração de pessoas, a Prefeitura de São Paulo também pretende montar tendas nos estacionamento das unidades para a realização de triagem (diagnóstico do coronavírus) e vacinação rápida. “Não formem filas indianas, um atrás do outro, deem um espaçamento”, alertou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Para facilitar o acesso da população, as vacinas também serão disponibilizadas gratuitamente em farmácias privadas a partir de 13 de abril. A novidade é resultado da parceria entre o governo paulista e a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). Até mil farmácias farão a aplicação gratuita das doses. “A decisão é muito importante porque vai desafogar os postos de todo o estado. É extremamente importante vacinar contra o vírus Influenza, mas que essa vacinação não provoque filas”, destacou o médico David Uip, coordenador do Centro de Contingência contra o Coronavírus em São Paulo.

Confira o cronograma de vacinação:
- 1° etapa – 23/03 – Idosos (60 e + anos) e trabalhador da saúde;
- 2° etapa – 16/04 – Professores, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e forças de segurança e salvamento;
- 3° etapa – 09/05 – Crianças (6 meses a menores de 6 anos), gestantes, puérperas, povos indígenas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, adultos de 55 a 59 anos de idade.
- O dia “D” de mobilização contra a Influenza será no dia 9 de maio. Já a campanha segue até o dia 22 de maio. Vale lembrar que a vacina da Influenza não previne contra o Covid-19.
Antecipação
Embora não proteja contra o Covid-19, a vacina auxilia no diagnóstico da doença – cujos sintomas são muito parecidos com os da gripe. “Se a pessoa avisa que foi vacinada [contra a gripe], isso vai auxiliar no raciocínio profissional para [o médico] pensar em outros vírus”, explica Mandetta. Além disso, com a imunização, a população tem menos chances de contrair gripe e coronavírus ao mesmo tempo – sim, existe risco de coinfecção. Por isso, o Ministério da Saúde antecipou o calendário de vacinação e inverteu os grupos prioritários. Até o ano passado, as crianças eram as primeiras a serem imunizadas.

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