Publicado em 10/08/2023 às 10h30
por Redação
No mês dedicado à realidade dos povos indígenas, nada mais natural do que destacar o trabalho realizado com os guaranis da região. A UBSI Kwarãy Djekupé, localizada na Terra Indígena do Jaraguá, é um importante equipamento de saúde para as 719 pessoas que vivem nas seis aldeias do território. São 28 profissionais, entre médicos e enfermeiros, dedicados à saúde da comunidade, sendo 17 deles indígenas. A equipe também conta com o apoio de farmacêutica, psicóloga e assistente social. Mas para diagnosticar e tratar as doença que acometem a comunidade guarani é preciso entender suas especificidades culturais. Poty Poran Turiba Carlos, gestora da UBSI do Jaraguá, destaca que é fundamental se adaptar à cultura. “Não adianta fazermos protocolos que não se adequam à nossa realidade. A equipe é interessada em conhecer o território e os problemas inseridos nele”, pontua.
Colaboração e entendimento
A abordagem colaborativa que permeia a comunidade guarani se reflete nas práticas da UBSI. Semelhante às discussões de temas importantes mediadas pelas lideranças indígenas, as atividades de saúde também são conduzidas de maneira participativa. “E a saúde se adapta, entendendo o modo de vida guarani.”
No entanto, conscientizar a comunidade sobre questões que podem afetar diretamente seu bem-estar é um desafio constante. Os profissionais da UBSI têm se empenhado em visitar as casas dos guaranis para orientar e monitorar as famílias. Um exemplo prático é a incursão porta a porta para combater parasitoses intestinais e prevenir a deficiência de ferro. Ana Flávia, nutricionista na unidade, destaca que incentivar o uso de suplementos de ferro, por exemplo, é uma tarefa complexa na comunidade. “Um dos nossos recursos é por meio do Centro de Educação e Cultura Indígena (Ceci) Jaraguá, que oferece refeições completas diariamente, tem horta pedagógica e ali conseguimos monitorar as crianças e orientar as famílias para uma alimentação mais saudável”, conclui.
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