Publicado em 10/02/2022 às 8h35
via Agência Brasil
Mesmo com dois milhões de pessoas atrasadas na imunização, sem ter tomado a segunda dose de vacina contra a Covid-19, o Governo de São Paulo já pensa na aplicação de uma quarta dose, como vem sendo cogitado em países como Chile e Israel. Em entrevista coletiva realizada na última quarta, 9 de fevereiro, o governador João Doria não deu previsão de quando a quarta dose será aplicada, mas informou que isso já está sendo discutido pelo Centro de Contingenciamento do Coronavírus. “São Paulo avalia concretamente esta quarta dose, mas fará isso no momento certo e dentro de uma cronologia e de faixas etárias adequadas.”
Segundo Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, o governo paulista ainda não definiu se toda a população do estado vai receber a quarta dose, nem quando ela começará a ser aplicada. Mas há um entendimento dentro do governo de que haverá necessidade de aplicação da vacina contra a Covid-19 todos os anos, assim como já é feito na campanha de vacinação contra a gripe Influenza.
Desde dezembro, o estado vem aplicando a quarta dose em pacientes transplantados, renais crônicos ou em tratamento quimioterápico. “Para as outras faixas etárias, acima dos 18 anos, estaremos discutindo o assunto em uma reunião do programa estadual de imunização”, afirmou. “Entendemos que o governo de São Paulo sempre teve um posicionamento sobre a necessidade de uma dose adicional e que ela deverá acontecer de forma anual, assim como ocorre com outros vírus respiratórios, como o da Influenza”, acrescentou Gorinchteyn.
Até o momento, da população do estado 80% já tomaram duas doses de vacina contra a Covid-19. Das pessoas que ainda não tomaram a segunda dose, metade é de pessoas entre 12 e 29 anos de idade. Já a terceira dose foi aplicada em cerca de um terço da população do estado.
Internações
Nesta semana, as internações por Covid-19 começaram a cair no estado, após atingirem um pico no dia 29 de janeiro. Apesar disso, o número de hospitalizados ainda é alto: há 3.672 pessoas internadas em estado grave, além de 6.125 internadas em enfermarias. A taxa de internação em unidades de terapia intensiva (UTI) está em 70%.
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