Publicado às 11h20
G1 São Paulo
Uma paciente idosa esperou dez horas para ser atendida num hospital estadual da Zona Norte de São Paulo que ficou sem energia elétrica após a forte chuva que atingiu a cidade na segunda-feira (25).
O Bom Dia SP esteve no fim da noite no Hospital do Mandaqui, que é de responsabilidade do governo do estado, e comprovou a situação precária no local, onde outros 17 pacientes do setor de internação aguardavam atendimento em macas pelos corredores.
“Minha sogra tem 74 anos e falaram que ela era prioridade”, disse a auxiliar de produção Célia Batista sobre Maria da Conceição Santos, mãe de seu marido.
A sogra de Célia chegou ao Mandaqui por volta das 11h e só deixou a unidade medida depois das 21h. Durante parte desse tempo, as duas ficaram no escuro devido à falta de luz. “Foi muito difícil o atendimento aqui”, disse Maria, que se prepara futuramente para uma cirurgia no coração, mas passou mal e precisou ir ao hospital. “Tem muita gente.”
O que diz secretário da Saúde
Em entrevista na manhã desta terça-feira (26), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, alegou que o gerador funcionou após a interrupção de energia, mas como a falta de luz era intermitente, o aparelho demorava até 20 segundos para restabelecer o fornecimento cada vez que ocorria o corte.
“Esse tempo sem luz é questão de segundos. Foi uma questão de intermitência do fornecimento e aí o gerador entra e sai.”
Segundo Germann, a queda de energia não ocorreu somente no pronto-socorro, mas também no hospital e na região. “Então nós tivemos algum problema, sim.”
De acordo com o gestor da pasta da Saúde, a demora no atendimento ocorreu pelo aumento de pacientes, acima da média para uma segunda.
“Equacionamos o que estava acontecendo. O hospital trabalha hoje dentro de um limite. De uma média de 450 [pacientes], ele [o hospital] atendeu 650. Isso motivou esses atrasos”, disse. “Já determinei que a gente pudesse melhorar esse fluxo de pacientes.”
“Estamos equacionando para diminuir um pouco o tempo de permanência dos pacientes, no sentido de poder atender mais pacientes”, declarou o secretário da Saúde da gestão do governador João Doria (PSDB).
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