Publicado às 10h45
G1
O mundo é capaz de eliminar as gorduras trans produzidas industrialmente até 2023, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (14), revelando um plano que afirma que evitará 500 mil mortes por ano decorrentes de doenças cardiovasculares.
As gorduras trans são populares entre fabricantes de alimentos fritos, assados e salgadinhos porque têm um prazo de validade longo, mas são ruins para os consumidores, aumentando o risco de doenças cardíacas em 21% e as mortes em 28%, informou um comunicado da OMS.
“Por que nossas crianças deveriam tem um ingrediente tão inseguro em seus alimentos?”, questionou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no comunicado.
Implantar a estratégia da entidade para substituir as gorduras trans, o que inclui divulgar alternativas mais saudáveis e legislar contra ingredientes nocivos, os retiraria da cadeia alimentar e representaria uma grande vitória contra as doenças cardíacas, afirmou ele.
A gordura pelo mundo
Vários países ricos já eliminaram virtualmente as gorduras trans estabelecendo limites às quantidades permitidas em alimentos industrializados. Alguns proibiram óleos parcialmente hidrogenados, a principal fonte de gorduras trans produzidas industrialmente, disse a OMS.
“A gordura trans é um produto químico tóxico desnecessário que mata, e não há motivo para pessoas de todo o mundo continuarem sendo expostas”, disse Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos que hoje comanda a iniciativa Resolve.
No início deste mês a OMS emitiu suas primeiras recomendações sobre gorduras trans desde 2002, dizendo que adultos e crianças deveriam consumir um máximo de um por cento de suas calorias diárias na forma de gorduras trans.
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