Publicado às 12h10
Jornal Agora
A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão João Doria (PSDB), perdeu 411 médicos em unidades de administração direta, entre janeiro e outubro deste ano, o que dá pouco mais de um a cada dia.
Eram 3.766 profissionais em janeiro, ante 3.355 em outubro, uma redução de 10,9% –praticamente 1 em cada 10 deixou a rede pública municipal, sem reposição.
O número é ainda mais expressivo quando se leva em consideração o fato de a prefeitura ter aumentado em apenas 126 o número de médicos contratados pelas organizações sociais, uma espécie de serviço terceirizado, o que expõe ainda mais a falta de profissionais para a atender a população.
Na comparação com a gestão de Fernando Haddad (PT), Doria acelerou a queda no número de médicos.
Entre janeiro e outubro de 2016, o petista teve uma queda de 7,2% no número de profissionais nas unidades de administração diretas.
Porém, aumentou as equipes por meio das organizações sociais parceiras em 7,6% .
Resposta
O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, diz que não teve liberação de recursos por parte do setor financeiro da prefeitura e que, por isso, não conseguiu cumprir a promessa de contratar mais médicos este ano.
Segundo ele, foram 90 por meio de organizações sociais e 161 pela autarquia do Hospital do Servidor Público Municipal.
“A gente só vai conseguir corrigir isso no início de 2018. A partir de janeiro, vamos contratar 70 por mês, para chegar a 700 por ano. A expectativa é de que o Orçamento seja maior”, diz. Pollara afirma que o foco será a contratação de médicos da saúde da família, que poderão atuar no lugar de pediatras.
“Nos casos simples de puericultura, como pesar criança, ver se há carência vitamínica, não é necessário o pediatra. A pesagem, por exemplo, pode ser feita pela equipe”, diz.
Ele promete plano de carreira para que médicos ganhem mais ao permanecer por mais tempo em uma unidade.
Adicione Comentário