Publicado às 9h50
Folha de SP
A três dias da data prevista para o fim da campanha contra a gripe, o país ainda soma 14,8 milhões de pessoas não vacinadas. A soma corresponde ao total de pessoas que integram o público prioritário para essa vacinação e que ainda não foram aos postos de saúde.
Ao todo, 75% do público-alvo a quem a vacina é indicada, composto por 59,4 milhões de pessoas, já foram vacinados. A meta, porém, era vacinar ao menos 90% desse grupo.
Na tentativa de atingir a meta, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29) que irá ofertar as doses de vacina que ainda restarem nos postos de saúde após o fim da campanha para a população geral, incluindo jovens e adultos em geral, por exemplo.
Atualmente, a vacina é ofertada apenas para gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), crianças entre seis meses a menores de seis anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Com a ampliação, pessoas que não façam parte desse grupo, mas que têm interesse em se vacinar, podem procurar os postos de saúde –a imunização será ofertada desde que não haja contraindicações.
A medida, que inicia na próxima segunda-feira (3), deve variar conforme o número de doses disponíveis em cada unidade.
Até o momento, apenas dois estados já atingiram a meta de vacinar 90% do público-alvo: Amazonas (94,4%), que iniciou a campanha mais cedo neste ano, e Amapá (94,7%). Outros quatro estados têm coberturas acima de 85%: Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo e Alagoas.
Já o estado do Rio de Janeiro é o que apresenta menor cobertura, com 57,6%, seguido do Acre (64,9%) e São Paulo (65,4%).
Antes do fim da campanha, o país ainda tem o desafio de ampliar a vacinação em parte dos grupos considerados mais vulneráveis a complicações pela gripe e que, por isso, fazem parte do público-alvo. É o caso, por exemplo, de crianças e gestantes, cujos índices ainda estão em torno de 70%.
Incluídos na campanha neste ano, policiais e bombeiros são o grupo com vacinação mais baixa –até o momento, apenas 32% do público previsto foi vacinado.
A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, entre eles o da gripe A (H1N1), que responde por metade de casos de gripe neste ano.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, até o dia 11 de maio, foram registrados 807 casos de síndrome respiratória aguda grave —que abrangem casos atendidos em hospitais– por gripe, com 144 mortes. Deste total, 407 casos e 86 mortes foram pelo vírus A H1N1.
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