Publicado em 06/04, às 9h10
Por Priscila Perez
O mundo declarou guerra ao coronavírus: um inimigo invisível e astuto, que mudará – daqui para frente – todos os nossos hábitos, desde os mais simples, como lavar as mãos, até as relações interpessoais. Mas, apesar desses reflexos em nossas vidas – até por conta da quarentena –, é preciso combatê-lo com firmeza, paciência e altruísmo.
A pandemia é uma dura realidade para o paulistano. Até o momento, o Estado de São Paulo concentra 70% dos óbitos pela doença no país e mais de 40% dos infectados. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Supervisão Técnica de Saúde Lapa/Pinheiros, a zona oeste é a que apresenta o maior número de casos confirmados na cidade. Até 1 º de abril, o levantamento contabilizou 310 casos confirmados, dos quais 38 estão internados e 16 foram a óbito. Na região, foram duas mortes em Perdizes, uma na Barra Funda e no Jaguaré, três no distrito da Lapa e duas na Vila Leopoldina.
Os números correspondem a vidas que foram interrompidas em razão da pandemia do novo coronavírus, cujo risco é maior entre idosos e pessoas com doenças crônicas. Se não dá para viver numa bolha, é possível ficar em casa em isolamento social, evitar aglomerações e driblar o contágio. Uma recomendação cidadã que expressa cuidado com o próximo.
Outra arma eficaz contra o vírus é a higienização das mãos, que deve ser realizada sempre que possível (antes e depois de comer, depois de ir ao banheiro e após tossir e espirrar). De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), esse simples hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias. Mas existe um jeito certo. Além de movimentar as mãos debaixo d’água, é importante utilizar uma quantidade de sabão generosa para que a espuma cubra toda a superfície das mãos. Outra dica é esfregá-las por 20 segundos, pacientemente, atentando-se para os espaços entre os dedos.
Usar máscara de pano quando precisar sair de casa é mais uma forma de reforçar a proteção contra o coronavírus. Veja como fazer a sua:
Todo esse cuidado é fundamental para evitar o contágio. Isso porque a transmissão do vírus ocorre por gotículas de saliva, tosse, espirro, catarro, superfícies contaminadas e, até mesmo, num simples aperto de mão. Quando ocorre a contaminação, o vírus pode se manifestar de dois a 14 dias após o contato (período de incubação), mas, em alguns casos, também há chances de ser assintomático. A recomendação do Ministério da Saúde é clara: procure a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima se apresentar sintomas como febre alta, tosse e falta de ar (este último é determinante para o diagnóstico da doença, que pode ser facilmente confundida com gripes e resfriados). Se forem brandos, fique em casa, mas de olho na evolução do quadro. Está em dúvida? É melhor procurar ajuda.
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