Publicado às 10h40
Por Cristina Braga
O motorista acostumado a vir do Jaraguá ou de Taipas pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães teve uma grande surpresa ao se deparar com o cruzamento da Miguel de Castro, em Pirituba, no último mês. É que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) proibiu a conversão entre as vias, no sentido centro. A medida é válida desde o dia 5 de março.
Bastante indignado, o motorista de táxi Mário de Oliveira não entendeu a medida. “Agora dificultou muito, porque
o retorno fi cou mais longe. Do jeito que estava, não causava nenhum transtorno”, conta o taxista.
Segundo a CET, a medida visa melhorar as condições de segurança aos pedestres e de fluidez no trânsito local. Como alternativa, o órgão informa que os “veículos oriundos da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, sentido bairro-centro, com destino à Avenida Miguel de Castro, deverão seguir em frente por 300 metros e realizar o retorno junto ao semáforo no canteiro central”. Há uma placa sinalizando o retorno.
O comerciante José Fontes dos Santos tem uma loja de carros há 30 anos na região, bem em frente ao cruzamento das avenidas, e viu quando os engenheiros da CET estiveram no local para analisar a proibição. “Achei ridícula.” Ele argumenta que o retorno sugerido pelo órgão fica em frente ao Hospital Psiquiátrico
Pinel, onde o fluxo de veículos é grande. “É sem sentido”, avalia.
Os veículos não só acessavam a Miguel de Castro como também podiam prosseguir pela Avenida Guerino Giovani Leardini, que antecede a Avenida Paula Ferreira. Por isso, muitos moradores prefeririam que a CET alargasse o recuo dos ônibus que trafegam na Avenida Dr. Felipe Pinel e fazem a curva em direção à Guerino Leardini. “É fechadíssima, com pouco espaço para os ônibus; uma curva muito estreita. Deveriam recuar esse ‘cotovelo’”, explica Wanda Nascimento. Fontes, que já presenciou vários acidentes no local, reforça o alerta. “É muito ruim de fazer. Por ser tão fechada, tem perigo da traseira do ônibus acertar o veículo que vem de trás”, completa.
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