Publicado às 9h25
Folha de SP
O Ministério da Saúde realizará uma campanha de vacinação contra o sarampo no país. As ações devem ter início em 10 de junho, segundo a pasta, que não informou quais lugares serão alvos e nem outros detalhes.
A última mobilização de vacinação contra a doença foi realizada em agosto do ano passado —na ocasião, também foi disponibilizada vacina contra a poliomielite.
Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso autóctone de sarampo na capital desde 2015. Antes, a pasta já havia confirmado três casos da doença na cidade, decorrentes de infecções ocorridas fora do país, em Israel, Noruega e Malta.
A pasta chegou a realizar ações de bloqueio contra o sarampo na capital. Uma delas foi feita na região central de São Paulo, em abril, após uma suspeita de contaminação.
No Brasil, além do caso em São Paulo, há 27 casos autóctones confirmados neste ano, segundo o Ministério da Saúde, todos no Pará. Contando os casos importados, já são mais de 80.
O sarampo é uma doença grave e contagiosa que pode ser transmitida por meio do contato direto com a secreção da pessoa infectada ou pelo ar. Febre alta, tosse, coriza, manchas avermelhadas na pele e manchas brancas no interior das bochechas são alguns dos sintomas.
A vacina que protege contra a doença é a tríplice viral, que também imuniza contra caxumba e rubéola.
Em março, o Ministério da Saúde confirmou que o Brasil perderá o status de país livre do sarampo, após registrar um caso no Pará em fevereiro e não conseguir interromper a transmissão da doença.
A pasta lançou em abril deste ano o Movimento Vacina Brasil, para tentar conter a queda na quantidade de imunizações registrada nos últimos anos.
Dados do PNI (Programa Nacional de Imunizações) mostram que os índices de coberturas vacinais de bebês e crianças tiveram nova queda em 2017 e atingiram o nível mais baixo do país em ao menos 16 anos.
Todas as vacinas indicadas para menores de 1 ano ficaram abaixo da meta do Ministério da Saúde, que prevê imunização de 95% do público —os índices variavam entre 70,7% e 83,9%. A BCG foi exceção, com índice de 91,4%.
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