Publicado em 06/05/2022 às 9h30
por Redação/via Folha de SP
O mais recente relatório do Instituto Sou da Paz traçou o perfil das vítimas de estupro no Estado de São Paulo. De acordo com a pesquisa, que tem como base dados da Secretaria de Segurança Pública, no ano passado, 77% das vítimas foram pessoas vulneráveis, ou seja, menores de 14 anos e pessoas com problemas de saúde que a impossibilitam de resistir ao ato sexual. Na capital, esse grupo representa 72,2% das vítimas atendidas nas delegacias.
Olhando ainda mais a fundo, é possível verificar que o problema atinge em cheio a zona sul. Dos dez distritos policiais que registraram em 2021 mais casos de estupros na capital, seis pertencem à região: Capão Redondo, Jardim das Imbuias, Campo Limpo, Parelheiros, Jardim Mirna e Jardim Herculano. Na sequência, estão Perus e Jaraguá, na zona noroeste.
O levantamento mostra ainda que houve um aumento de 6,7% no número de notificações entre 2020 e 2021, durante a pandemia, passando de 11.023 casos para 11.762.
Caso no Jaraguá
No último sábado de abril, 30, um homem foi morto após estuprar uma mulher na Rua Eduardo Coimbra, na região do Jaraguá. Segundo relatos, a vítima havia saído de uma tabacaria, no bairro de Taipas, e estava caminhando em direção à sua casa quando foi abordada pelo criminoso e conduzida até uma praça. Ao ouvirem gritos, duas pessoas que estavam em um ponto de ônibus próximo correram para socorrê-la e houve luta corporal. O homem foi agredido pelas testemunhas ao tentarem contê-lo. Após a chegada da Polícia Militar, ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Geral de Taipas, mas não resistiu aos ferimentos. Já a mulher, que estava bastante machucada, foi encaminhada ao Hospital Pérola Byington.
Educação e conscientização
Vale lembrar que esse tipo de violência ocorre comumente dentro de casa e, muitas vezes, por alguém de confiança. Por isso, a prevenção depende de ações sociais e educacionais, bem como da conscientização da comunidade. Se algo acontece dentro da família ou com vizinhos, é preciso denunciar o crime – mesmo que anonimamente.
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