Publicado em 11/07/2022 às 10h50
por Redação
O incêndio que atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina no ano passado teve causa acidental. É o que aponta o relatório da Polícia Federa divulgado na última sexta-feira, 8 de julho. De acordo com o laudo, o acidente foi provocado enquanto funcionários de uma empresa terceirizada realizavam a manutenção da tubulação de ar-condicionado. O incêndio consumiu um importante acervo da Cinemateca que continha filmes em 35 mm e 16 mm, além de equipamentos antigos com mais de cem anos. A análise do caso foi feita pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília.
Para realizar a limpeza, os técnicos utilizaram uma solda para abrir buracos na tubulação e injetar um produto químico – o formiato de metila, que é altamente inflamável. Em seguida, o procedimento padrão foi aplicar gás nitrogênio para retirar o solvente da tubulação. Mas, ao que tudo indica, ficaram vestígios do produto. Por isso, quando eles soldaram novamente os buracos, houve a combustão. A perícia ainda averiguou que a “ausência de um sistema de detecção de incêndio no galpão” teria contribuído para a propagação do fogo.
A PF ainda vai analisar as conclusões do laudo para verificar se a empresa terceirizada que fez o serviço teria alguma responsabilidade sobre o incêndio.
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