Publicado em 11/08/2022 às 10h
por Redação/via Estadão
Doze representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram à aldeia indígena Tekoá Itakupé na última quarta-feira, 10 de agosto, para conhecer os guaranis que vivem às margens do Pico do Jaraguá. Este foi o pontapé inicial do Censo Demográfico das terras indígenas em São Paulo, que tem como missão mapear as etnias e línguas dos povos originários que vivem em solo paulista. “Estar com representantes do IBGE respondendo a esse questionário, falando do nosso modo de vida, de como nós estamos vivendo e também da nossa luta, é um símbolo de resistência”, ressalta a líder indígena Tamikuã Txihi, de 38 anos. Na região, vivem aproximadamente 900 pessoas em seis aldeias.
Expressão
Para a comunidade indígena do Jaraguá, a visita dos recenseadores tem um significado fundamental para qualquer povo: o de liberdade de expressão. É exercer o direito de se expressar sem nenhuma tutela. “Tempos atrás os povos indígenas eram tutelados. Agora, nós estamos aqui, falando da importância dos povos indígenas para que todo mundo veja”, completa Tamikuã. O mesmo sentimento é destacado pelo artista Daniel Werá Poty, de 37 anos, que fez questão de acompanhar a vista do IBGE. Segundo ele, o censo é importante porque permite compartilhar com a sociedade “a importância dos guaranis como comunidade”. O censo, a princípio, foi realizado junto às lideranças locais e nos próximos dias deve englobar os demais moradores da comunidade indígena.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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