Publicado em 17/05/2023 às 8h30
por Redação
De 12 a 20 de maio, comemora-se a Semana de Enfermagem, uma celebração anual em homenagem a esses profissionais que desempenham um papel essencial na rede de saúde. Para se ter ideia, só na capital, mais de 36 mil pessoas, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, atuam nos equipamentos municipais de saúde. Caroline Padovani de Souza é uma delas. A enfermeira trabalha no Polo de Curativos da AMA Especialidades Vila Zatt, em Pirituba, unidade especializada no tratamento de lesões de maior complexidade, como feridas crônicas.
A seguir você confere o relato da profissional sobre o dia a dia na unidade que, segundo ela, é bastante desafiador por envolver, além da técnica, o tão necessário acolhimento do paciente. “O mais desafiante no meu trabalho não é a parte técnica, de lidar com as feridas e curativos, e sim conscientizar estes pacientes de sua condição, que é crônica, e lidar com a frustração que isso gera, pois a ferida ainda gera estigma e preconceito e abala o emocional. Então, o meu papel também é orientar, dar conselho, acolher, abraçar. E em troca, recebo muito reconhecimento e carinho”, relata a profissional, que passou a integrar o quadro de funcionários do Polo de Curativos da Villa Zatt em 2021. Caroline é especializada em estomaterapia, que trata, entre outras condições, de feridas agudas e crônicas.
Como é a rotina dentro de uma AMA?
“Minha rotina se divide entre primeiras consultas encaminhadas pelas UBSs e retornos de pacientes com quadros mais complexos, além de atendimentos domiciliares, que são feitos via Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) e Estratégia Saúde da Família (ESF)”, conta. Segundo a enfermeira, ela atende 200 consultas por mês. em sua maioria pacientes idosos. “A condição mais comum são as feridas vasculogênicas, originadas em problemas de circulação nos membros inferiores, e que precisam de cuidados permanentes. Temos pessoas que estão há mais de um ano conosco.” Depois de 14 anos na profissão, Caroline conta que desenvolveu um olhar pelo outro. “Entendi que o que nos caracteriza, como profissionais da enfermagem, é estarmos sempre ao lado dos pacientes. Me identifico muito com esse cuidado, e por mais que eu chegue cansada em casa, sempre termino meu dia em paz”, conclui.
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