Publicado às 13h40
G1 São Paulo
A justiça trabalhista anulou o resultado do leilão do terreno onde fica o antigo prédio do Hospital Sorocabana, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, que está fechado há oito anos. Ele tinha sido vendido para pagar uma dívida trabalhista de R$ 25 mil da associação beneficente que administrava o hospital. O leilão foi realizado no dia 14 pelo Tribunal Regional do Trabalho.
O terreno foi vendido por R$ 16,3 milhões. O terreno havia sido avaliado pelo tribunal em R$ 40,9 milhões. Na decisão, a juíza Daniela Mori alegou que ao fazer a documentação para confirmar o arremate descobriu que a posse de parte do terreno é do estado, que não tinha sido avisado.
Atualmente, a Prefeitura ocupa o espaço com uma Ama e uma unidade da Rede Hora Certa.
A disputa judicial continua e quem depende da saúde pública hospital tem medo de perder os postos de saúde.
O hospital foi construído em 1955 com recursos de uma associação de trabalhadores da estrada de ferro Sorocabana.
Nos anos 80, o governo do estado passou a administração para a Associação Beneficente Hospitais Sorocabana. Por causa de problemas financeiros a unidade fechou em 2010.
De lá para cá o SP1 mostrou várias vezes a situação do prédio.
Em 2011, o repórter Filippo Mancuso entrou no hospital que chegou a atender 20 mil pessoas por mês. Encontrou salas reviradas e muita sujeira.
O prédio voltou para o governo do estado, que, em 2012, cedeu o espaço por 20 anos para a prefeitura.
De lá para cá, a ama sorocabana e a unidade da rede hora certa atendem a população. Mas 5 andares continuam vazios.
Na manhã desta segunda-feira o atendimento foi normal, mas os moradores do bairro estão com medo de ficar sem o atendimento médico. “Se essa unidade fechar vai ser uma grande falta para o povo que frequenta a unidade”, diz a dona de casa Roseli Souza.
Por enquanto, nada muda no atendimento. E o governo do estado disse que vai ingressar com as medidas judiciais cabíveis para também anular a penhora do imóvel onde ficava o Hospital Sorocabana.
O secretário municipal da saúde, Edson Aparecido, garantiu que nenhum serviço será suspenso para a população.
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