Publicado em 12/02, às 12h40
Por Priscila Perez
Após o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, justificar os alagamentos na Marginal do Tietê com o argumento de que “as bombas não tiveram condições técnicas para funcionarem de acordo”, a pasta admitiu que o sistema de bombeamento demorou 16h para entrar em ação.
Os alagamentos que ocuparam as pistas da Marginal começaram às 4h da última segunda-feira, 10 de fevereiro, mas as bombas (que fazem a drenagem da via para o rio) só agiram às 20h. Com a demora, a água demorou muito para baixar. Segundo o secretário, a chuva forte e excessiva na capital impediu que as 51 bombas antienchentes, localizadas junto às pontes Aricanduva, Vila Maria, Limão, Vila Guilherme, Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera, trabalhassem adequadamente.
“Como o nível do rio subiu além da conta, saiu do leito. Não tinha como se bombear porque o rio ficou num ponto mais alto do que o da bomba. A partir do momento que ele baixou, começou baixar, o sistema de bombeamento pode jogar a água do bairro para dentro”, esclarece.
Funcionamento esperado
O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que atualmente administra o sistema, explica como funcionam as bombas:
“Cada pôlder conta com um conjunto de quatro bombas com capacidade para bombear 400 litros de água por segundo cada, esvaziando o reservatório em poucos minutos. Quando ocorrem chuvas de grande intensidade, os diques evitam que o rio transborde para as Marginais. O sistema de galerias de águas pluviais local direciona as águas da chuva para um pequeno reservatório (menor que um piscinão). Nele, a água é armazenada e lançada de volta ao rio, após o período de pico de vazão.”
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