Filha de policial é presa com ponto eletrônico e microcâmera durante prova para Investigador da Polícia Civil na UNIP da Marquês de São Vicente

Publicada em 27/11/23, às 10h30
por Redação

Neste domingo (26), uma mulher, identificada como Nadine Novello Conde Carlos, filha de um policial do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em São Paulo, foi presa durante um concurso público para investigador na Barra Funda. 

Ela foi detida pela Polícia Civil após fiscais desconfiarem de seu comportamento durante a prova. Segundo eles, a candidata estava inquieta, mexendo constantemente no casaco e olhando em todas as direções.

Ao ser abordada, Nadine se recusou a tirar o casaco. A coordenação foi chamada, e ao pedir para ir ao banheiro, ela foi seguida. O detector de metais emitiu sinal sonoro, levando à descoberta de um ponto eletrônico no sutiã, uma microcâmera no casaco e um receptor digital na calça.

Nadine foi indiciada por fraude e associação criminosa. Durante a abordagem, ela se recusou a responder às perguntas da polícia e permanecerá sob custódia até uma audiência que determinará se ela continuará detida ou responderá em liberdade. A investigação também se estende à possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no esquema criminoso.

O pai de Nadine, que é investigador no Deic, pode ser sujeito a investigação, mas a Secretaria da Segurança Pública não respondeu a essa questão. A polícia examinará as câmeras de segurança para determinar como Nadine chegou à Universidade Paulista (Unip), na Avenida Marquês de São Vicente, onde realizaria a prova. Além dos dispositivos encontrados com ela, o celular também foi apreendido para perícia, pois há suspeitas de que ela poderia filmar a prova para que outras pessoas fora da universidade a respondessem por meio do ponto eletrônico.

O caso foi registrado no plantão do 91º Distrito Policial (DP), Ceasa. A investigação será feita pelo 23º DP, Perdizes. A Polícia Civil vai apurar se mais pessoas estão envolvidas nos crimes. As penas para fraude no concurso variam de um a quatro anos de prisão, enquanto a associação criminosa pode resultar em até três anos de reclusão.