COTIDIANO

Funcionários responsáveis pelo transporte de corpos em São Paulo denunciam falta de material; em Taipas, corpo foi recolhido com lençol

Publicado em 14/06, às 12h55
por Redação

Funcionários e familiares de falecidos denunciaram a falta de materiais adequados para o transporte de corpos e a lavagem dos carros funerários em São Paulo. Um ex-funcionário da FVB, empresa contratada pelo governo para este serviço, revelou que os corpos são recolhidos sem equipamentos de proteção e sem seguir protocolos de higiene e segurança. Suzelane Lima Resende, que recentemente perdeu a mãe, também relatou a falta de cuidado no transporte do corpo.

Quando ocorre uma morte natural sem assistência médica, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) determina a causa e emite a declaração de óbito, liberando o corpo para a família. Quando acontece uma morte natural – que não tenha sido decorrente de violência nem acidente – cabe ao SVO determinar a causa. O órgão também é responsável por emitir a declaração de óbito, quando a morte ocorre em casa e sem assistência médica, e liberar o corpo para a família fazer a cerimônia de despedida.

A mãe de Suzelane morreu em 1º de junho, na Parada de Taipas. A família primeiro acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atestou a morte da idosa. Em seguida, eles acionaram a empresa que seria responsável pelo transporte. “Ficamos esperando irem buscar o corpo de minha mãe. Eles não tiveram respeito algum, pegaram de qualquer jeito, com um lençol que estava na cama”, afirma. Suzelane passou 24 horas no SVO da capital até conseguir liberar o corpo da mãe para o velório. “Me disseram que se eu quisesse achar minha mãe teria que entrar nos ‘caveirões’, abrir as portas e procurar o corpo.”

Um vídeo gravado por um ex-funcionário em dezembro de 2023 mostra funcionários discutindo a falta de material, afirmando que são recomendados a usar lençóis ou cobertores, pois a mortalha não está no contrato. Ele também denunciou a falta de equipamentos de segurança para lavar os carros de transporte.

A Secretaria Estadual da Saúde considerou inadmissíveis as denúncias e determinou a abertura imediata de uma sindicância. Se comprovadas as irregularidades, a empresa será punida. A FVB afirmou não ter sido notificada formalmente e que cumpre suas obrigações legais.

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