Publicado em 06/12/2021 às 9h
via Agência Brasil
Mais de mil obras públicas estão paradas ou atrasadas no estado de São Paulo. Segundo o TCE, Tribunal de Contas do Estado, até 13 de outubro, havia 642 obras paradas e 433 atrasadas. O Rodoanel Norte, por exemplo, ainda aguarda a retomada das obras, que começaram em 2013 e foram interrompidas várias vezes, inclusive por suspeita de superfaturamento. Não à toa, a conclusão da obra, a última etapa do anel viário, só deve ocorrer em 2023 (dois anos após a retomada). Ao todo, segundo o estudo, são 1075 obras com problemas. O número é menor do que o registrado no primeiro trimestre do ano. Em seis meses, 81 obras foram retomadas ou concluídas. Mas ainda é um número alto. O valor já investido supera R$ 24 bi.
Obras inacabadas
São praças, pontes e viadutos, redes de distribuição de energia ou sistemas de esgoto, postos de saúde ou terminais de ônibus que foram anunciados, receberam recursos, mas nunca foram concluídos. Praticamente um quarto das obras afetam escolas que deveriam ter sido construídas ou reformadas. Muitas delas estão em estágio de deterioração e vão precisar ser refeitas do início. Segundo o TCE, praticamente 8 a cada 10 obras com problemas são de responsabilidade de municípios, 20% são obras de responsabilidade do governo do estado. Quase um terço das obras, 31,5%, são obras que deveriam ser abastecidas com recursos federais. Pouco mais de um terço, 35,4%, com recursos do tesouro do estado.
Para o Secretário-Diretor Geral do TCE São Paulo, Sérgio Ciquera Rossi, atrasos e paralisações são resultado de falta de planejamento. O levantamento da situação das obras no estado de São Paulo começou a ser feito pelo TCE em 2019. Há seis meses, o valor empenhado em obras com problemas era quase o dobro, R$ 46 bilhões. O valor baixou em função da retomada das obras da Linha 6 laranja do metrô, na capital paulista. A obra do metrô é responsabilidade do governo do estado.
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