Publicado em 02/05/2022 às 10h40
por Redação
A recente mudança de endereço da cracolândia, da Rua Helvética para a Praça Princesa Isabel, no centro da cidade, colocou a cidade toda em alerta. A migração não é apenas localizada, mas também um fenômeno que se multiplica por vários pontos da capital, por meio das chamadas “microcracolândias”.
Gastão Vidigal
Na Vila Leopoldina, a Gastão Vidigal se tornou refúgio para moradores de rua nos últimos anos, principalmente durante a pandemia. Eles vivem em barracas improvisadas no canteiro central da via em razão da proximidade com a Ceagesp, o maior entreposto da América Latina. Mas agora o endereço virou também point de usuários de drogas, que passaram a se concentrar na região por conta do movimento e suas facilidades, gerando medo nas centenas de trabalhadores que aguardam seus ônibus nas paradas da avenida. Para se ter ideia, empresas e comércios que ficam nas proximidades preferem fechar as portas entre 18h e 19h, quase como em um toque de recolher.
As microcracolândias são pequenos grupos compostos por até 50 dependentes químicos, em média. Mas nem a Prefeitura sabe ao certo quantas são na cidade ou quantos usuários cada uma delas reúne. Por outro lado, para os moradores da Leopoldina, a situação é bem concreta. A crescente aglomeração de usuários de drogas nos arredores do entreposto salta aos olhos de quem passa pelo endereço. Segundo relatos, em vez da movimentação de moradores em situação de rua, a região está recebendo migrantes da Cracolândia
Expansão
A estimativa é que existam ao menos 150 minicracolândias espalhadas em 18 distritos da capital. Na região noroeste, há pontos de consumo coletivo de drogas nos bairros da Brasilândia, Cachoeirinha e Vila Leopoldina. De acordo com a Prefeitura, o consumo de crack, embora seja maior na região central, tem se espalhado pela cidade desde 2015.
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