Publicado em 06/04/2023 às 10h50
por Redação
A partir de agora, as Delegacias da Mulher de todo o país devem oferecer atendimento ininterrupto à população (o projeto foi sancionado na última terça, 4 de abril, pelo presidente Lula). Mas para Renata Tereza, de 35 anos, não houve tempo para buscar ajuda (pela terceira vez). Um dia após ter registrado um segundo boletim de ocorrência por violência doméstica, ela foi assassinada a facadas pelo ex-namorado em frente ao Memorial da América Latina, na Barra Funda, por volta das 9h da última quarta-feira, 5 de abril. Após o episódio, a vítima foi levada ao Pronto-Socorro do Hospital Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Já o criminoso conseguiu fugir e ainda não foi localizado pelas equipes do 23° DP, de Perdizes. Ela deixa duas filhas.
Boletins de ocorrência e MPU
Para se ter ideia, as denúncias de Renata ocorreram em um intervalado de 27 dias: a primeira foi registrada no Dia Internacional da Mulher, quando ela apontou que havia sido agredida com socos e ofendida publicamente pelo ex-companheiro, com o qual havia se relacionado por dois anos. O episódio ocorreu na porta da escola de uma de suas filhas. Havia ainda em favor dela uma MPU (Medida Protetiva de Urgência), mas a restrição não estava válida porque o ofensor “não constava como intimado”, ou seja, não havia sido comunicado sobre a medida. Vale lembrar que na zona noroeste a 4º Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, na Avenida Itaberaba, 731, funciona 24 horas, incluindo domingos e feriados.
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