Publicado em 21/11, às 10h40
Por Priscila Perez
Para eliminar intermediários, a Prefeitura de São Paulo lançou nesta quinta-feira, 21 de novembro, um site para facilitar o cadastramento de imóveis destinados a instalação de creches conveniadas na capital, que são geridas por organizações sem fins lucrativos.
Assim que os proprietários se cadastrarem (imoveis.sme.prefeitura.sp.gov.br), a administração municipal poderá escolher o endereço mais adequado considerando a demanda por vagas em cada região da cidade. Em até 30 dias, um e-mail será encaminhado ao solicitante com o resultado da análise técnica e vistoria do imóvel. O proprietário poderá ainda incluir no cadastro fotos e a planta do local.
Segundo a Prefeitura, serão avaliados quesitos como ventilação, iluminação, banheiros com possibilidade de adaptação para fraldário e sanitários infantis, espaço para refeitório, cozinha ampla, despensa e espaço externo para a instalação de playground e solário.
O processo será realizado pela administração municipal diretamente com o proprietário, sem qualquer envolvimento da entidade mantenedora. O objetivo é evitar fraudes, influências políticas nas associações e superfaturamentos no processo de locação. “Criamos o site para ampliar a transparência às vagas e para que a própria cidade nos ajude a saber onde há imóveis que a busca ativa da secretaria não encontrou”, explica o secretário Bruno Caetano.
A fila que não anda
Até o momento, mais de 75 mil crianças de zero a três anos aguardam na fila por vagas na educação infantil. Para diminuir esse déficit, a Prefeitura anunciou que irá comprar vagas avulsas em instituições particulares – e até filantrópicas – para beneficiar crianças em situação de vulnerabilidade. O programa “Mais Creche” foi encaminhado no dia 12 de novembro à Câmara Municipal e ainda precisa ser aprovado pelos vereadores para virar lei.
De acordo com o projeto, cada criança custará R$ 727 por mês ao Município. Para participar, a população deverá inscrever o filho no programa. As vagas, entretanto, serão distribuídas pela Prefeitura conforme a demanda. Já a entidade parceira ficará responsável por oferecer uniforme, material e alimentação ao aluno da rede municipal.
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