Publicado em 24/03, às 12h30
Por Priscila Perez
O combate ao novo coronavírus na capital tem demandado milhões em investimento extra em saúde para conter o avanço da doença em solo paulistano e ampliar a capacidade de atendimento da rede pública. Diante da urgência de medidas imediatas para ampliar o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), a Prefeitura de São Paulo está reavaliando o orçamento municipal para angariar recursos extras em caráter emergencial.
Uma das soluções defendidas pela Gestão Covas é utilizar a verba obtida com multas de trânsito para custear os hospitais de campanha que serão montados no Estádio do Pacaembu e no Complexo do Anhembi, totalizando dois mil leitos de internação de baixa e média complexidades.
Além do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito (FMDT), também está na mira da Prefeitura o chamado Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), que é alimentado com recursos de outorga onerosa (direito de construir acima do que é permitido por lei). Somados, os dois representam R$ 5 bilhões. Enquanto o primeiro é destinado a ações de engenharia de tráfego e tapa-buraco, o segundo banca melhorias estruturais nos bairros.
Dada a emergência provocada pelo coronavírus, a lógica seria redirecionar esse dinheiro para o tratamento de infectados. Porém, a transferência desses recursos não funciona como uma mera operação bancária e precisa ser autorizada pela Câmara Municipal. A minuta do projeto de lei deve ser apresentada aos parlamentares nesta terça-feira, 24 de março.
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