Publicado em 27/11, às 11h30
Por Priscila Perez
Insatisfeitos com a reforma da previdência instituída pelo Governo do Estado, os professores da rede estadual de ensino preparam uma paralisação para a próxima terça-feira, 3 de dezembro, a favor de mudanças na carreira. A decisão foi anunciada ontem, 26 de novembro, em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
A data não foi escolhida à toa. No dia 3, o projeto de lei responsável pela reforma da previdência em âmbito estadual, aos moldes do INSS, entrará na pauta da Alesp. A categoria, inclusive, promete parar nos dias em que o PL for discutido ou votado na Casa.
O que diz o projeto?
O PL estabelece idade mínima de 62 anos para mulher e de 65 anos para homens. Já o tempo de contribuição sobe para 25 anos. A contribuição previdenciária também aumentará de 11% para 14% – quesito tido como mais polêmico pela categoria. “Doria quer que trabalhemos mais, paguemos mais e ganhemos menos de aposentadoria”, diz o sindicato em nota.
Mudanças à vista
A Gestão Doria também pretende enviar um novo projeto ao Legislativo propondo mudanças estruturais na carreira de professor. De acordo o governo, o modelo proposto prevê aumentos na forma de subsídios, sem os ajustes convencionais e a inclusão de gratificações. Haverá apenas a gratificação por desempenho de função. Mas os valores não poderão ser incorporados ao salário. A adesão ao plano será facultativa para quem já trabalha na rede estadual. Para se ter ideia, um professor em início de carreira recebe R$ 2.585 por 40 horas semanais, piso inferior ao nacional. Já com a mudança, o valor deverá subir para R$ 3.500. “Não haverá mais diferença entre professores de alfabetização e fundamental com aqueles do ensino médio”, explica o secretário da Educação, Rossielli Soares.
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