Publicado em 24/02, às 11h50
Por Priscila Perez
Além de não ser biodegradável, a bituca de cigarro pode contaminar o solo e causar incêndios. Mesmo assim, 12,3 bilhões de bitucas são descartadas diariamente no mundo todo. E nas ruas da capital não é diferente: basta uma breve caminhada para avistá-la aos montes no chão.
Um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal quer acabar com esse mau hábito. Para isso, o vereador Rinaldi Digilio (Republicanos) propõe a aplicação de uma multa no valor de R$ 500 e a realização de campanhas de conscientização sobre o risco ambiental.
O PL 499/2019 já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aguarda parecer da comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente para seguir em frente. Na sequência, o texto deverá ser analisado pelas comissões de Administração Pública e de Finanças e Orçamentos para – finalmente – ser votado pelos parlamentares. Ao final desse processo, se receber parecer favorável, o PL seguirá à sanção do prefeito Bruno Covas.
Em sua justificativa, o vereador ressalta que há cerca de 1,6 milhões de fumantes na capital paulista e 14 milhões de bitucas descartadas incorretamente. “Bituca não é biodegradável, por isso, o tempo de decomposição de uma bituca jogada no asfalto pode levar até dez anos, isso porque o filtro dos cigarros é feito de acetato de celulose, um tipo de plástico.”
Para se ter ideia, as bitucas de cigarro são ainda mais prejudiciais aos nossos oceanos do que as sacolas plásticas. É o que aponta a ONG Ocean Conservancy, entidade que atua na limpeza de praias em mais de cem países desde 1986. Em 32 coletas, foram retiradas mais de 60 milhões de bitucas, o equivalente a um terço dos objetos coletados.
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